domingo, 30 de maio de 2010

você, de novo.

pensei em nunca mais respirar fundo perto da sua nuca e sentir teu cheiro. pensei nunca mais olhar nos teus olhos e tentar entender todo o mistério deles. pensei tanta coisa, que já nem pensava mais. e hoje matei toda a saudade de você. ver que você veio, por livre e espontânea vontade foi tão inacreditável. e ai vieram todas aquelas explosões e aquela incerteza de como seria se você voltasse aqui comigo. mas sabe, que você faz tudo parecer sempre tão certo, tão natural e tão fácil de se lidar. faz tudo parecer tranquilo demais. ter mudado de opnião em relação à certas coisas ultimamente fez um bem danado hoje, fez toda diferença. tá na hora de viver pequenas alegrias ao invés de esperar a felicidade completa bater na minha porta. hoje, descobri que preciso ser feliz aos poucos, de vez em quando, assim, absurdamente feliz e ficarei tão bem que esses pequenos instantes renderão, pelo menos, uma semana de sorrisos por aí. teu cheiro gostoso, tua pele gostosa e teu abraço mais confortável que qualquer travesseiro do mundo, teu gosto e o quentinho do seu ombro.. ah, como isso tudo me deixa boba. te quero tanto, com uma força que foge de mim, de um jeito que me faz esquecer tudo e só me concentrar em como é bom ter você do meu lado desse nosso jeito. quero guardar cada detalhe seu, pra relembrar sempre desse jeito bom quando eu pensar que a vida é uma droga.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

seu violão, nosso frio e tudo mais que ficou pra trás.

o som das cordas do teu violão ainda ecoam, vez ou outra, aqui dentro. dá pra escutar, ainda que longe, a sua voz em todas aquelas nossas músicas. dá pra ver ainda o jeito que você tocava pro mundo, sempre com seu violão pra reunir todos em sua volta. e é assim mesmo, você, o centro do universo ali, tão indecifrável na maioria das vezes. eu nunca soube te decifrar, eu nunca soube o que se passava ai dentro e continuei a vida depois sem saber. sem saber e sem aceitar o fim duro e claro de toda uma breve história. era tudo tão tranquilo, tão seguro que jamais imaginaria no que se tornou ao final de tudo. hoje, você longe sem poder proteger, sem abrigo pra que eu pudesse correr, sem nada. eu aqui sozinha, revendo ainda todas as fotos, músicas, sms e tudo mais que tivesse você. são em dias assim, de um inverno nosso que jamais seria esquecido ainda que eu colocasse todas as forças do mundo pra tirar você daqui de dentro, que eu me pego com água nos olhos e um aperto aqui dentro de saudade. uma saudade que nunca poderá ser esquecida, uma saudade que não tem solução. não tem, e nunca vai ter. você é meu passado, o maior dos meus aprendizados, é o meu amadurecimento espiritual. você é aquela saudade que eu não gosto de ter, porque se eu relembro eu esqueço do mundo lá fora e fico tentando reviver aqui sozinha cada sensação dos nossos instantes. eu só peço meu Deus, que me tire essa saudade toda vez que o vento frio soprar sob a minha pele, e me fizer lembrar que não tem mais o peito quentinho dele, nem os braços seguros e grandes que me faziam ter certeza de que tudo estava certo, de que tudo estava bem.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

mais um tempinho.

ir embora nunca é fácil. não foi fácil ter que abandonar você no meio do caminho, mas foi necessário. não foi fácil olhar pra você das outras vezes e me privar de toda a magia que surgia sempre que você ficava do meu lado. nem foi fácil ter que te dizer tudo aquilo. não foi fácil dizer não pra você. nunca foi e nunca vai ser fácil aceitar o que eu fiz com a gente. lembro dos nossos dias, e penso tanto neles que dói toda vez que lembro do teu riso e do teu olhar que, pelo menos por algumas horas, podiam ser só meus. dói lembrar como seu cabelo era macio e como sua pele tinha cheiro melhor que qualquer perfume do mundo. machuca ainda não ter mais você pra me fazer rir, pra me dizer que eu preciso arriscar mais, que eu preciso viver e que eu não tenho que ligar pro que os outros vão pensar. dói não ter você aqui pra me dizer que a gente precisa ser feliz independente de qualquer coisa. mas o que mais dói é relembrar esse pedacinho gostoso da minha vida que passei do seu lado e não poder ter nada disso de volta - ou não, talvez seja mesmo muito drama.. afinal, quando é que você me disse não? deu uma vontade de pegar no telefone, discar o seu número e pedir uma visita da felicidade. é, deu vontade de ser feliz mais um dia com você. e é assim que a gente vai indo, seguindo em frente, sem se pertencer, sem se amar de verdade.. só com esse pedacinho de paixão, que por algumas horas são o suficiente pra deixar meu ar mais leve.

domingo, 2 de maio de 2010

silêncio.

acho mesmo é que a inveja predomina na maioria das pessoas. todo mundo querendo ser melhor que o outro. buscando subir sempre um degrau a mais e ver quem é que fica no topo. cada vez mais imaturas e absurdamente sem confiança nenhuma estão as relações de hoje em dia. e não digo apenas de relações amorosas entre casais, digo até mesmo de pessoas que se odeiam. sabe? você vê no olho e na voz absurdamente chamativa e alta que clama por um mínimo de atenção sua, e um olho desesperado pra que receba um olhar fracassado do outro como quem diz 'tá certo, dessa vez você ganhou'. qual é minha gente, tá na hora de crescer e mudar. se todos fossemos tão bons como achamos, não teria graça. é preciso e necessário evoluir na vida. chega de vozes cada vez mais altas, pedidos por um mínimo de atenção do próximo.. se não gosta, seja indiferente e não queira fazer parte da vida de quem também não dá a mínima pra você. eu olho por todos os lados, todos os dias e só consigo enxergar imaturidade por parte da maioria das pessoas da minha rotina. um misto de ódio, uma hierarquia criada por cada um que nunca vai existir. meu ouvido não é, nunca foi e nunca vai ser pinico pra guardar todas as merdas que eu ouço diariamente, então por favor colabore com o meio ambiente e pare de despejar suas excreções pelo ar na sua fala. torne o mundo um lugar mais agradável com o seu silêncio. ninguém perguntou o quanto você tá feliz hoje, nem quem foi o último que te usou. um dia você aprende que o silêncio é a melhor coisa que existe, e que a felicidade assim como a tristeza tem sono leve. não grite para o mundo a sua felicidade, apenas a sinta e guarde pra você. ninguém precisa saber, até porque acredite no que eu digo, a inveja está presente em todo ser humano e ela pode destruir toda essa sua felicidade em segundos. que tal aprender a lidar com o silêncio a partir de agora? shhhhh..