sexta-feira, 28 de maio de 2010

seu violão, nosso frio e tudo mais que ficou pra trás.

o som das cordas do teu violão ainda ecoam, vez ou outra, aqui dentro. dá pra escutar, ainda que longe, a sua voz em todas aquelas nossas músicas. dá pra ver ainda o jeito que você tocava pro mundo, sempre com seu violão pra reunir todos em sua volta. e é assim mesmo, você, o centro do universo ali, tão indecifrável na maioria das vezes. eu nunca soube te decifrar, eu nunca soube o que se passava ai dentro e continuei a vida depois sem saber. sem saber e sem aceitar o fim duro e claro de toda uma breve história. era tudo tão tranquilo, tão seguro que jamais imaginaria no que se tornou ao final de tudo. hoje, você longe sem poder proteger, sem abrigo pra que eu pudesse correr, sem nada. eu aqui sozinha, revendo ainda todas as fotos, músicas, sms e tudo mais que tivesse você. são em dias assim, de um inverno nosso que jamais seria esquecido ainda que eu colocasse todas as forças do mundo pra tirar você daqui de dentro, que eu me pego com água nos olhos e um aperto aqui dentro de saudade. uma saudade que nunca poderá ser esquecida, uma saudade que não tem solução. não tem, e nunca vai ter. você é meu passado, o maior dos meus aprendizados, é o meu amadurecimento espiritual. você é aquela saudade que eu não gosto de ter, porque se eu relembro eu esqueço do mundo lá fora e fico tentando reviver aqui sozinha cada sensação dos nossos instantes. eu só peço meu Deus, que me tire essa saudade toda vez que o vento frio soprar sob a minha pele, e me fizer lembrar que não tem mais o peito quentinho dele, nem os braços seguros e grandes que me faziam ter certeza de que tudo estava certo, de que tudo estava bem.

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