quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

02:10 da madrugada, direto da praia.

o som do mar na cabeça, os pés na areia e o coração sei lá onde foi parar. depois de juntar novamente os pedaços quebrados, tive o cuidado de colá-los com o maior cuidado do mundo, pra não deixar nenhum buraco sequer. o único problema é que agora ele ficou mais duro e muito menos sensível. agora ele já não deixa nada entrar, nem sair. não existem buracos, porque eu mesma os tampei. tive o cuidado de colar da melhor maneira possível, mas acho que foi o tipo da cola que o deixou assim. insensível a tudo, duro como uma rocha e incapaz de deixar algo bom e novo entrar. ficou com medo de se abrir pra depois se quebrar de novo. ficou com raiva, angústia e medo do destino. ficou com receio das pessoas não cuidarem direito dele, e simplesmente o abandonarem. vai coração, colabora comigo. deixa acontecer as coisas naturalmente, deixa que Deus sabe o que faz. mas deixa eu arriscar mais, deixa eu ter menos medo. vai coração, eu dependo de você. eu preciso que você funcione, eu preciso que você deixe algo bom e novo entrar, eu preciso que você se renove. será que dá pra você me entender e me ajudar? agradecida desde então.

desabafo pra você ler, algum dia.

pensa que não maxuca ainda, acha que tudo ficou pra trás e não restou nada aqui dentro. engano seu. pois é, eu sei que já faz algum tempo, mas as tuas manias e os milhares de rostos teus que só eu pude ver que existiam ainda me atormentam. esperar você voltar é totalmente em vão. nem a espera de ver você chegar restou. você foi embora de todas as maneiras possíveis, e deixou só as lembranças, que ficam martelando na minha cabeça nas horas mais impróprias que você nem deveria estar presente. o que dói é essa coisa de nunca saber o que podia ter sido, se teria dado realmente certo. o destino somos nós quem fazemos, você decidiu o seu e me forçou a mudar o que eu tinha planejado. felizmente ou infelizmente tudo aconteceu dessa maneira que eu não gosto nem de repassar pela memória. eu decorei com exatidão todas as tuas palavras, teus gestos, tuas manias e os carinhos que só você podia fazer com o maior amor do mundo. e agora eu vou procurar outros carinhos, outras manias, outros gestos e palavras que me satisfaçam e me façam esquecer todos os vestígios teus em mim. e agora vou chorar em outro ombro, vou ser de braços melhores e maiores que os teus, vou beijar outra boca e ouvir outros sussurros. ainda assim, desejando com todas as minhas forças que fosse você que estivesse comigo. ainda assim, sendo especial como só você poderia ter sido. ainda assim, mantendo uma minúscula esperança de que tudo algum dia possa voltar ao normal, ainda que tudo indique que nada disso vai voltar eu nunca vou matar o 'nós' que existiu e ainda existe aqui dentro.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

e o medo de amar?

eu não sei o que sente por mim, nem o que eu sinto por você. às vezes acho que pode ser uma coisa passageira e tento acreditar nisso.. mas logo me invade uma vontade imensa de fazer tudo valer a pena. de querer te conquistar sim, e não apenas deixar acontecer. é uma mistura de carinho e indiferença que eu não sei definir qual o que predomina aqui dentro. acho mesmo é que tudo isso é o meu medo de amar, de me apaixonar de novo. o medo de correr riscos, o medo de se decepcionar de novo. e eu sei que a vida ainda vai me dar muitas surras pra que eu amadureça sempre mais, e não importa o quanto eu saiba isso.. eu sempre vou querer me defender de alguma forma das duras quedas que a vida proporciona. e a consequência do meu medo, é essa insegurança com tudo e todos. é a incerteza que fica na minha cabeça sobre tudo e todos, mas principalmente sobre você. quando eu te vejo saindo pela porta, me dá uma angústia de não saber quando e como vai voltar.. e quem sabe até se vai voltar. me dá vontade de entrar na sua mente pra ler e reler todos os seus pensamentos, até decorá-los pra saber exatamente o que pensa. se eu não tivesse medo de correr riscos, talvez isso não aconteceria. eu poderia arriscar tudo, sem medo de perder o que ainda nem tenho. poderia bombardear tua mente de perguntas e exigir as respostas.. infelizmente isso não passa de idéias, que somem toda vez que você aparece. eu e as minhas teorias (como você mesmo diz), minhas listas de certo, errado e ideal de nada valem se eu não te tenho por inteiro. eu prometo que vou tentar ter menos medo disso tudo, e você mesmo prometeu não me maxucar. eu não posso exigir que você me ame sem que eu te conquiste, e isso é o que eu menos venho tentando fazer. por puro medo. e você sabe, e o pior: você entende exatamente como é isso. para de me conquistar desse jeito querendo não querer, para de mostrar o quão bom você pode ser em tudo que me agrada, para de fazer carinho aonde eu gosto, para de contar as suas histórias que eu tanto amo escutar, para de esperar o barulho da porta fechar pra você ir embora, para de me dar atenção quando eu quero, para de ser divertido, para de dizer o que eu gosto de escutar, para de ser exatamente o que eu quero só pra mim. ahh mas se você parasse.. a vida da 'garotinha das teorias' não teria a menor graça e o mínimo sentido.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

um tempo pra mim.

saindo de viajem hoje, com uma bagagem que não caberia em veículo algum. pensamentos, idéias, opniões, dúvidas, sonhos e tanta coisa que fica aqui dentro, guardada, esperando a oportunidade de escapar pro mundo. é tanta coisa dentro da cabeça, dentro do coração que nunca consigo lidar com tudo ao mesmo tempo. e é só na praia, lá naquele meu quarto daquela casa de sempre que eu consigo organizar tudo isso dentro de mim. que eu consigo relaxar e colocar tudo em ordem pro meu ano correr bem, pra minha vida ser melhor a cada ano. esse ano, muita coisa continua engasgada.. e como dizem que é no mar que se descarrega todas as vibrações negativas, é disso que eu preciso. e eu, que já sou fã de ver os espetáculos que o sol é capaz de fazer a cada novo dia, fico boba admirando tudo isso. fico criando frases pra motivar a minha vida. tentando acalmar as tempestades do coração, da cabeça. acreditando que assim como sol, que nasce e se põe todo dia, eu também posso ser capaz de criar coisas maravilhosas pra minha vida. eu também posso ser um sol na vida das pessoas que eu amo, que eu admiro. porque não? é assim com ele, e pode ser assim comigo também. o sol nasce, num espetáculo diferente a cada dia, surpreendendo os olhos de formas totalmente diferentes.. e ele se põe da mesma forma.. deixando uma angústia no coração, uma vontade de que ele fique um pouco mais.. e indo embora pra trazer a lua, que também não deixa de ser uma coisa linda de se ver. aham, sou FASCINADA por isso. e eu AMO mais que tudo ver isso na praia, sozinha mesmo.. pra enxergar do meu jeito, sem ninguém atrapalhar. ouvindo o som do mar, e as vozes na minha cabeça. e só. é isso que basta, é isso que importa. =)

"querer o sim e não se acostumar com a solidão, o medo de amar e o estranho
vazio no seu olhar. eu tento achar, em algum lugar, o amor que você deixou pra
trás. [..] não ver você, não tem explicação. é caminhar pela escuridão."

( Vem pra cá - Papas da Língua)


* se bater saudadinha disso aqui, escrevo mais de lá ;x

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

coisas que eu não sei dizer.

há alguns anos atrás, eu tive uma paixãozinha, um amor bem platônico. era aquele nervosismo, aquela coisa doida que dá na gente quando a gente gosta. aquelas bobeiras que a gente só faz amando mesmo, porque alguém racional não faria aquelas coisas de forma alguma. passou o tempo, e eu cresci me desligando cada vez mais dessa paixãozinha adolescente. as pessoas na minha vida eram diferentes, as coisas agora eram diferentes. e houve uma época, que eu nem me lembrava mais disso. e quando lembrava, era pra rir mesmo. chegava até ter vergonha de cruzar com esse alguém na rua. quando eu digo que o tempo é poderoso, não minto. ele leva e traz as coisas de formas inimagináveis. ele muda as coisas de uma forma assustadora. e agora, essa paixãozinha platônica voltou. mas voltou real. uma coisa que antes era impossível e muito platônica, se tornou melhor do que poderia algum dia imaginar. quando eu olho e vejo tudo isso bem na minha frente, eu percebo que nada é mesmo impossível. quem diria que hoje eu estaria, de alguma forma, aqui com você? quem poderia dizer que você me diria todas essas coisas? quem poderia imaginar que você agiria assim comigo? pois é. e o tempo como sempre se mostrando mais poderoso do que todos os meus conceitos, a vida revelando mais uma de suas inúmeras surpresas. as coisas acontecem simplesmente porque tem que acontecer. o motivo de você ter voltado pra minha vida, a gente ainda não sabe. mas o tempo novamente vai mostrar. e o que tiver que acontecer com a gente, vai acontecer, eu só espero que isso seja pro nosso bem e que dure um bom tempo. mas por enquanto, eu não quero esperar nada disso tudo, não quero planejar um futuro pra nós.. eu só quero aproveitar cada pedacinho seu enquanto, que pelo menos por alguns instantes, você pode ser considerado só meu.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

a saudade vai fazer você voltar.

e todos as coisas que eu imaginava, que eu planejava e sonhava pra nós dois já não existem mais. você foi embora e levou tudo com você. e quando eu digo tudo, é tudo mesmo. levou minhas mágoas pelos seus erros, minha raiva, e até o amor que eu sentia por você. não restou nada pra contar história, não restou nenhum vestígio nosso aqui dentro. quem sabe um dia, a gente possa se reencontrar e rir de tudo isso. com as nossas vidas reorganizadas, com maturidade que hoje não temos pra conversar sobre tudo que aconteceu. eu só desejo que você seja feliz, com quem, onde for e como for. o nosso destino quem fez, foi você.

"mesmo quando for embora, a saudade vai fazer você voltar .. deixei o meu
nome escrito no céu, pra você lembrar de mim"

sábado, 16 de janeiro de 2010

me explica?

pedaços de recordaçoes que queremos esquecer, ou apenas não lembrar pra não doer. são lugares e momentos em que sentimos que era pra ser diferente, com pessoas diferentes. momentos que tinham que ser com pessoas diferentes, para serem diferentes. porque a vida insiste em ensinar pelo caminho da dor, do errado, da perda? porque é s

ó

assim que muitos aprendem a lição? existe algo que possa explicar essa maldita dor que insiste em me acompanhar onde quer que eu esteja, essa angustia presente em todos os momentos, em todos os instantes em que observo tudo a minha volta e cada detalhe me faz lembrar voce. existe alguém no mundo pra me explicar isso?