sábado, 27 de fevereiro de 2010

pra quando eu for embora.

aqui acaba mais uma etapa da minha vida. acabo de concluir mais uma fase em minha vida e a última sem verdadeiras responsabilidades. agora é hora de começar do zero, de novo. como se eu estivesse nascendo outra vez e vendo tudo novo na minha frente. como se tudo fosse uma descoberta. apesar desse mundo novo à minha frente, algo aperta aqui dentro e chama a atenção toda hora: a tal da saudade. deixar uma vida pra trás nunca é fácil, e na maioria das vezes fica difícil seguir sabendo que deixou tanto pra trás. mas é preciso, tá na hora de crescer de verdade. os amigos e a família começam a fazer parte de um passado que apenas retorna quando a saudade fica insuportável. não dá mais pra ter laços firmes com ninguém, e isso assusta. mais que a dor de um amor perdido, a distância entre família e amigos sufoca mais do que eu poderia imaginar. ela sim é que machuca. nem todas as paixões que eu tive durante essa pequena parte da minha vida doeu tanto assim. nem a maior das maiores e a melhor das melhores feriu tanto quanto essa maldita distância fere. e é quando eu volto pra casa, e não vejo meus pais, minha irmã e nenhuma amiga por perto é que eu me dou conta do tamanho da solidão. é que eu me sinto verdadeiramente sozinha e sem ter pra onde correr. sem ter onde achar um abraço aconchegante e palaras que necessitamos nos momentos difíceis: vai ficar tudo bem. e se não ficar? e se eu não conseguir suportar o resto do meu tempo por aqui? e se eu nunca mais puder voltar pra ficar? e se eu voltar e ninguém mais lembrar de mim? são tanta dúvidas e tanta vontade de jogar tudo pro alto e voltar pro ninho da mamãe e do papai. mas não dá, de forma alguma pra desistir agora. manter o foco no meu maior sonho, na minha independência e seguir de cabeça erguida. porque tá na hora de crescer, a menininha ficou pra trás naquela cidade pequena.. e o que me conforta é que com essa menininha ficou também a parte mais importante dela, ficaram as lembranças e as histórias de toda uma vida que ela sempre vai lembrar com o maior amor do mundo. sua família e seus amigos agora permanecem junto com a menininha da cidade pequena, que ficou abandonada pela mulher que foi buscar o seu sonho na cidade grande. e ela vai achar alguém que lhe dê conforto nas horas da solidão, ah ela vai sim. amores verdadeiros nunca se vão, por isso é que eu tenho uma certeza de que todos que realmente fazem parte desse amor da minha vida vão permanecer sempre comigo, não importa como, onde e quando.


#nowplaying - Feels Like home - Edwina Hayes

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